segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Dead Space 2

A Visceral Games ainda usa de forma inteligente os efeitos de luz e som para criar uma sensação constante de tensão na segunda incursão da assustadora série de terror e ação espacial Dead Space. Você está sempre nervoso, com medo de virar uma esquina ou avançar alguns passos, no temor constante de que alguma coisa irá pular na sua cabeça. E é assim que todo bom jogo de terror deveria ser.

Em Dead Space 2 você ainda controla o engenheiro espacial Isaac Clarke. Dessa vez, porém, ele está em busca de respostas sobre a infestação das grotescas e mortais criaturas chamadas Necromorphs na cidade flutuante de Sprawl, localizada na órbita de Saturno. Clarke não é mais um pobre coitado pego desprevenido em um cenário de horror, e não estamos mais limitados ao ambiente inóspito da nave mineradora Ishimura.

Os novos cenários são uma das maiores mudanças que você vai notar quando vestir novamente as botas gravitacionais de Clarke. Mas existem muitas outras mudanças. O jogo parece trabalhar mais com a habilidade de Isaac de controlar o campo gravitacional de objetos usando o “Kinesis”, então prepare-se para arremessar muitas peças pesadas do cenário em seus oponentes. A habilidade de retardar os movimentos dos monstros para ganhar mais tempo está de volta, assim como a gravidade zero, mas dessa vez Clarke pode flutuar livremente no espaço, em vez de apenas pular de ponto em ponto. Uma excelente novidade, que torna as coisas mais interessantes e divertidas.

É apenas no segundo capítulo que você terá a chance de notar as diferenças mais importantes no cenário e no clima de Dead Space 2. O capítulo começa com Isaac abrindo caminho através de áreas residenciais de Sprawl: prédios imponentes projetando suas sombras em corredores estreitos e elevadores barulhentos. O ambiente ideal para matar qualquer um de medo com um susto.

Você vai encontrar também muito mais sinais da vida cotidiana que costumava acontecer por ali antes da devastação causada pelos Necromorphs. Algumas delas são bastante perturbadoras – como o rabisco de uma criança em uma parede do quarto, implorando por alguém proteger sua família dos “monstros” – e contribuem na formação de um clima ainda mais grave, opressivo e ameaçador para o cenário.

Há também a incômoda sensação de que acabamos de perder o início desse surto de Necromorphs. Você encontrará em seu caminho sinais de conversas recentes, brigas, desespero, fugas apressadas e muita, muita morte.

Embora a maior parte do jogo ainda se baseie em desmembrar seus inimigos estrategicamente com a Plasma Cutter ou a Line Gun, existem também alguns minijogos e quebra-cabeças em Dead Space 2. Os dois com os quais me deparei envolviam memorizar e combinar símbolos ou encontrar os pontos corretos de um mecanismo para hackear um elevador.

Mesmo tendo jogado apenas os três primeiros capítulos, eu fiquei surpreso com a diversidade que os desenvolvedores da Visceral foram capazes criar. Eu me deparei com batalhas contra Necromorphs em praças totalmente abandonadas e em bondes em movimento. Fugi deles com longas corridas por calçadas móveis e caçei-os em apartamentos escuros.

Esses capítulos iniciais também ajudam a retomar a história do primeiro game, explicando a Igreja da Unitologia e suas influências na infestção de Necromorphs e na população de Sprawl. Os elevadores, por exemplo, são decorados com propagandas do culto. Mais à frente você é obrigado a abrir caminho através de um centro de recursos da macabra religião, buscando refúgio em uma enorme igreja.

Levei cerca de uma hora para chegar ao final do capítulo três, o ponto final para essas primeiras impressões, mas foi uma viagem cheia de adrenalina, sustos e tensão. Um curto passeio que me deixou com vontade de continuar a jornada e desvendar todos os mistérios por trás da igreja fanática, dos monstros grotescos e da crescente psicose de Clarke.

Mas não vai demorar muito para podermos descobrir tudo o que o jogo tem a nos oferecer: Dead Space 2 será lançado no dia 25 de janeiro para Xbox 360, PlayStation 3 e PC.

Confira o vídeo de abertura:



Fonte: Kotaku

Nenhum comentário: